O Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) concluiu nesta quinta-feira, 31, a segunda rodada de visitas de rotina, desta vez no Hospital Regional João Alves Filho, em Nossa Senhora da Glória. A direção do sindicato manifestou insatisfação com a recente alteração na escala de trabalho, imposta pela administração do hospital, que é gerido pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), vinculada à Secretaria de Estado da Saúde e ao governo de Fábio Mitidieri.
Segundo o presidente do Sintasa, Janderson Alves, a mudança, que afeta trabalhadores que há mais de três anos mantinham a mesma escala, foi aplicada de forma abrupta e sem diálogo prévio com a categoria. “Imagine um trabalhador que atuava nessa escala há mais de três anos e, de repente, se vê obrigado a aceitar outra. Em outras regionais, como a de Propriá, a escala permanece a mesma. No entanto, em Glória, houve essa alteração repentina, o que, na nossa visão, caracteriza perseguição”, declarou o presidente, que classificou a decisão como uma medida que “machuca e pressiona o trabalhador”, afetando inclusive sua saúde mental.
A visita do Sintasa ao hospital teve como objetivo dialogar com os funcionários, convocar os servidores estatutários e verificar as condições de trabalho e de alimentação. No entanto, a mudança na escala foi o ponto central das discussões. “Esse tipo de mudança, sem planejamento, serve apenas para desestimular o trabalhador, e o Sintasa não vai aceitar essa imposição sem debate”, completou Janderson Alves.
Notificação
Diante dessa situação, o Sintasa anunciou que enviará uma notificação formal à Secretaria de Saúde e à FHS para que a alteração seja revista imediatamente. Caso não haja retorno à escala anterior, o sindicato ameaça convocar assembleias e organizar mobilizações, incluindo possíveis paralisações. “Se necessário, faremos o que for preciso para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados”, reforçou o presidente.
Acompanhado pelas diretoras Maria de Lourdes e Iza Melo, além do Departamento Jurídico, o presidente encerrou a visita com um pedido urgente ao secretário de Estado da Saúde, solicitando que a situação seja avaliada presencialmente e resolvida de maneira que beneficie os trabalhadores.