Os servidores estaduais estatutários, vinculados ao Quadro Permanente do Estado (QPE) e cedidos à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), decidiram em assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde de Sergipe (Sintasa), nesta segunda-feira, 14, que farão uma paralisação de advertência de 24 horas, no dia 29 de outubro. O ato ocorrerá das 8h às 10h, com concentração a partir das 7h, na Praça Fausto Cardoso, em frente à Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE). Após o ato, haverá outra assembleia imediatamente. A ideia desta paralisação é pressionar o governo do estado a atender as reivindicações da categoria, que pede equiparação dos direitos abrangidos aos trabalhadores do Acordo Coletivo.
O ponto central da insatisfação é a ausência de benefícios, especialmente o auxílio-alimentação, que vem sendo concedido aos celetistas desde janeiro de 2022, mas não alcança os servidores estatutários. Segundo o Sintasa, os estatutários cedidos à FHS exercem as mesmas funções e enfrentam os mesmos riscos que os celetistas, mas são tratados de maneira desigual. Recentemente, os trabalhadores celetistas passaram a receber um auxílio de R$ 610, enquanto os estatutários continuam sem qualquer benefício similar.
GOVERNO INERTE
Sem resposta às diversas tentativas de negociação com o governo e a Secretaria de Estado da Saúde (SES), a categoria decidiu pela paralisação e pela realização do ato público para pedir o apoio dos deputados estaduais. “Estamos lutando para que todos os trabalhadores, independentemente do vínculo contratual, tenham os mesmos direitos. O que pedimos é justiça para aqueles que vêm sendo ignorados desde janeiro de 2022”, afirmou o presidente do Sintasa, Janderson Alves.
Além do auxílio-alimentação, outras reivindicações também foram discutidas durante a assembleia, todas voltadas à garantia de direitos iguais para os servidores estatutários. Caso o governo não se manifeste após a paralisação do dia 29, o Sintasa não descarta novas mobilizações.
A mobilização demonstra a insatisfação crescente da categoria, que, de acordo com o sindicato, vem sendo desrespeitada em suas demandas básicas. O Sintasa enfatizou que os servidores estatutários são trabalhadores dedicados, pais e mães de família, que merecem o mesmo tratamento dispensado aos demais empregados da FHS. A luta, segundo o sindicato, é por igualdade e justiça no tratamento dos servidores da saúde.