Sintasa denuncia superlotação e sobrecarga de trabalhadores no Hospital Regional de Estância

O Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde de Sergipe (Sintasa) realizou, na noite desta segunda-feira, 17, uma visita ao Hospital Regional de Estância, onde foi constatada uma preocupante superlotação de usuários e a sobrecarga dos trabalhadores. A situação verificada reflete um problema recorrente em diversas unidades de saúde do estado.

De acordo com informações obtidas pelo sindicato, a última convocação de novos profissionais do Processo Seletivo Simplificado (PSS) ocorreu no início do ano. Com quase seis meses sem novas contratações, a falta de pessoal tem agravado a sobrecarga dos trabalhadores. “Esperamos que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) convoque mais profissionais do PSS urgentemente para suprir essas demandas”, afirma Janderson Alves, presidente do Sintasa, que esteve presente na visita juntamente com os diretores Adaílton dos Santos e Iza Melo.

Além da falta de pessoal, o sindicato também relatou a ocorrência de um surto de escorpiões na região aumentando ainda mais o número de pacientes no hospital. Em setores cruciais como a pediatria e a pediatria cirúrgica, há dias em que apenas dois profissionais são responsáveis por cuidar de 12 pacientes, uma situação considerada inadmissível pelo sindicato.

Outro problema grave apontado pelo Sintasa é o remanejamento automático de trabalhadores que chegam por último ao hospital, mesmo que dentro do horário estipulado para o início do trabalho. “Acredito que a gestão da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) não esteja ciente dessa prática, mas vamos solicitar a mediação da diretoria para tentar resolver essa questão. O trabalhador não pode ser prejudicado porque foi o último a chegar, mesmo estando dentro do horário de trabalho”, destacou Janderson Alves.

Para o sindicato, a situação no Hospital Regional de Estância evidencia a falta de planejamento da superintendência local, e pode ser também uma forma de perseguição a alguns trabalhadores. O Sintasa espera que a gestão tome providências urgentes para resolver esses problemas e garantir condições de trabalho adequadas para os profissionais de saúde, bem como um atendimento digno para a população.