Sintasa denuncia sobrecarga e déficit de profissionais no Hospital Regional de N. Sra. do Socorro 

O Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde de Sergipe (Sintasa) realizou, na manhã desta quarta-feira, 15, uma visita ao Hospital Regional Zé Franco, em Nossa Senhora do Socorro. A ação, conduzida por representantes do sindicato, percorreu todas as alas do hospital com o objetivo de orientar os trabalhadores, esclarecer dúvidas e ouvir as reivindicações dos profissionais de saúde.

A principal queixa dos trabalhadores de todos os setores, especialmente dos auxiliares e técnicos de enfermagem, foi a sobrecarga de trabalho. A superlotação e a insuficiência de profissionais têm tornado o ambiente de trabalho extremamente difícil, inviabilizando as atividades diárias e a produtividade dos trabalhadores. 

Após conversarem com os profissionais, os representantes do Sintasa se comprometeram a buscar soluções junto à administração do hospital e a solicitar uma reunião com a diretoria da fundação e até mesmo com o secretário estadual de saúde. Em diálogo com a superintendência local, foi informado que existe, de fato, um déficit de trabalhadores, mas que já foi solicitado ao gestor estadual a contratação de 48 profissionais de nível médio para suprir essa carência no Hospital Zé Franco.

Atualmente, a falta de aproximadamente 50 profissionais tem levado a uma situação de remanejamento constante dentro do hospital, prejudicando a qualidade do atendimento e o bem-estar dos trabalhadores. 

“O Sintasa não aceita a situação atual e planeja oficializar um pedido ao secretário de saúde e à diretora geral da fundação para que providências sejam tomadas”, afirmou Janderson Alves, presidente do Sintasa, que esteve presente com os diretores Adaílton dos Santos e Iza Melo.

Além disso, o sindicato solicitará ao Conselho Regional de Enfermagem (COREN) uma fiscalização conjunta com o Sintasa no hospital para assegurar que medidas efetivas sejam implementadas em prol dos trabalhadores. 

Outro ponto levantado foi a criação de novos setores no hospital sem a correspondente alocação de novos profissionais. Os mesmos trabalhadores que já estavam sobrecarregados foram redistribuídos para esses novos setores, exacerbando ainda mais a situação. 

“Embora a criação de novos serviços seja benéfica para os pacientes, é imperativo que novos profissionais sejam contratados para atender a demanda crescente”, ressalta Janderson, acrescentando que oficializará até esta quinta-feira a Secretaria de Estado da Saúde e a direção da Fundação Hospitalar de Saúde, visto que nos próximos dias deverão chamar novos profissionais do Processo Seletivo Simplificado atual.

A superintendência do Hospital Zé Franco, administrado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), entrou em contato com o Sintasa, no final da tarde desta quarta-feira, 15, para esclarecer informações divulgadas sobre o déficit de profissionais de nível médio.

Em comunicado, a direção da unidade hospitalar explicou que houve um mal-entendido em relação ao número de profissionais necessários para atender às demandas atuais. De acordo com a superintendência, embora tenha sido solicitada a contratação de 48 novos profissionais, isso se deve a um planejamento estratégico para a abertura de novos serviços, como a pediatria.

O Sintasa, contudo, recebe constantemente relatos de servidores afirmando que está ocorrendo muitos remanejamentos e muitas horas-extras o que demonstra, de fato, que há déficit de profissionais atualmente.

PS: Matéria atualizada às 22h do dia 15 de maio para acrescentar a resposta gestão.