Profissionais da FHS fazem paralisação e decidem unir forças com outros sindicatos

Os trabalhadores Estatutários, Celetistas e do PSS da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), representados pelo Sintasa, decidiram unir forças com outros sindicatos da saúde que farão uma Assembleia Extraordinária Virtual, nesta quinta-feira, 5, para traçar os rumos que as categorias darão as reivindicações conjuntas. Esta deliberação ocorreu na assembleia durante o ato público, desta terça-feira, 3, na praça Fausto Cardoso, que marcou a paralisação de 24h da categoria.

O principal propósito desta paralisação foi evidenciar o modo descomprometido pelo qual a atual gestão tem conduzido nossas negociações acerca da implementação adequada do piso nacional e do reajuste salarial de 10%, conforme reajuste para a administração direta. Além disso, busca-se o Acordo Coletivo 2023/2024 mais favorável, Revisão do PER e a preservação dos postos de trabalho dos profissionais da FHS, e benefícios existentes que alguns trabalhadores nunca foram beneficiados.

“Estamos paralisados e na rua para mostrarmos ao Governo do Estado que não estamos para brincadeira, não. E que o governador tenham um olhar diferenciado por esta categoria que cuida da saúde do Estado e que sustentou a população na época da pandemia. Por isso, que com estas mobilizações possamos ter uma conversa com o governador do Estado para resolver as nossas reivindicações”, afirma Augusto Couto, presidente do Sintasa, ao lado do gerente-administrativo, Janderson Alves.

De todas as bandeiras de luta, pelo menos, três precisam ser resolvidas urgentemente. A primeira é sobre a possível extinção da FHS, o que colocaria em xeque o emprego de todos os profissionais que mantém vínculo com a fundação.

“Na última reunião com a gestão, a informação que recebemos foi que já houve algumas rodadas de negociação com o Ministério Público Federal (MPF) e com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e que a intenção é pela manutenção da FHS com a renovação de um novo contrato. Diante disto, nós precisamos urgentemente desta renovação para tentarmos a negociação do Acordo Coletivo  do Trabalho e porque o dinheiro que a fundação tem só dá até novembro. E se não renovar, como ficarão os pagamentos de dezembro?”, argumenta Couto.

A segunda reivindicação mais significativa é o reajuste salarial de 10%, conforme reajuste feito para o empregados da administração direta, inclusive, esta luta é também dos servidores das outras duas fundações: a Estadual e Parreiras Horta. 

“Quando foi ventilada a possibilidade de extinção da FHS, a negociação do reajuste salarial foi estagnada. E não sabemos o motivo porque uma coisa não deveria estar ligada a outra, até porque não houve o reajuste salarial pedido também para os trabalhadores das outras fundações”, destaca o líder sindical.

E o terceiro ponto, não menos importante, que é sobre o pagamento correto do piso nacional da enfermagem, Augusto Couto explica que o Governo só pagou para cerca de 2.400 servidores, mesmo assim com inconsistência de valores, além do mais ficou faltando o pagamento de mais 2.400 trabalhadores.

“A gestão alega que foi um problema no sistema do Ministério da Saúde que teria encontrado inconsistência , mas desde o início de junho alertamos para que eles pudessem atualizar e verificar os dados de cadastros de todos os servidores para não correrem os problemas que estamos passando agora”, explica Augusto Couto.