A iniciativa é em prol de mesa de negociação única para debater todos os pontos da categoria
Os servidores da saúde da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), decidiram parar suas atividades nos dias 8, 9 e 10 de agosto em prol de que todas as pautas devem ser negociadas e discutidas em uma única mesa de negociação, independente dos temas como da estabilidade empregatícia dos trabalhadores da FHS, reajuste salarial, o Acordo Coletivo de Trabalho da FHS e o Piso Nacional da Enfermagem.
Em paralisação por 24h, desde às 7h, os servidores deliberaram as paralisações, na tarde desta terça-feira, 25, durante Assembleia Extraordinária, na frente do auditório da SES, depois da reunião entre os gestores da SES, representantes de sindicatos da saúde e OAB/SE sobre o futuro modelo de gestão da FHS, o que na prática ainda não foi construído.
De acordo com o presidente do Sintasa, Augusto Couto, a gestão quer dificultar as negociações ao montar mesas diferentes para tratar dos assuntos da categoria.
“A ideia é que haja prazo para resolução para cada questão e não um discurso que se está construindo algo o que na prática só está protelando situações que já deveriam estar resolvidas”, afirma Couto.
O líder sindical destaca que, no caso da estabilidade do emprego, por exemplo, a estabilidade tem que ser de todos os vínculos, ou seja, dos 6.636 vínculos do quadro de servidores da FHS.
“Do jeito que foi apresentado, os 1.354 vínculos temporários estão sujeitos a perderem seus empregos a qualquer momento. Não há garantia. Além disto, se deixar para apresentar o modelo em cima da hora, servidores poderão ser realocados para locais de trabalho diferentes do atual. E isto não pode acontecer”, atesta Augusto, ladeado na reunião pelos diretores Adailton dos Santos e Maria de Lourdes, além do gerente-administrativo, Janderson Alves.
No tocante ao Acordo Coletivo, a posição da classe trabalhista é a sua manutenção somados os ajustes da parte econômica que estão pendentes.
Sobre a questão do reajuste salarial, até o momento nenhum trabalhador foi beneficiado das três fundações: FHS, Fundação Estadual de Saúde (FHS) e Parreiras Horta.
Paralisações e atos
Além das paralisações, haverá ato público no dia 8, das 7h às 11h, na frente da SES; dias 9 e 10, das 7h às 11h, na Praça General Valadão.
FUNESA
Nesta quarta-feira, 26, os servidores da Fundação Estadual de Saúde (Funesa), representados pelo Sintasa e pelo Sindicato dos Cirurgiões Dentistas de Sergipe (Sinodonto/SE) irão para suas atividades por 24h, com ato na frente da Funesa, a partir das 7h.
A iniciativa de paralisação se deve ao fato de que a gestão não deu o reajuste salarial de 10%, mesmo percentual dado aos servidores do Estado da Saúde.