Servidores da SES e FHS deliberam paralisação de 24 horas no dia 8

Os auxiliares e técnicos de enfermagem e demais categorias, representadas pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), tanto da Secretaria de Estado da Saúde (SES) como da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), deliberaram paralisação de 24 horas, na próxima terça-feira, 8 de fevereiro, com ato público na porta do Palácio do Governo, das 7h às 10h.

A decisão sobre esta ação ocorreu durante Assembleia Geral Extraordinária, realizada na manhã desta terça-feira, 1, na sede do sindicato.

De acordo com o presidente do Sintasa, Augusto Couto, a paralisação e o ato são os meios encontrados pela categoria para repudiar o não atendimento das reivindicações da classe, como recomposição salarial, Assinatura do Termo de Compromisso, Revisão do PCCV e PER, salário acima do mínimo, 30 horas semanais e retorno das gratificações cortadas dos estatutários administrativos.

“Após o ato público, iremos realizar outra assembleia para avaliar o movimento e traçar estratégias sobre as próximas mobilizações caso sejam necessárias”, explicou Augusto Couto, que participou da assembleia juntamente com a diretora Maria de Lourdes e o gerente-executivo do sindicato, Janderson Alves.

Esta paralisação vai ao encontro também da orientação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, que é a entidade que o Sintasa é vinculado nacionalmente, que orientam a realização de ato público no dia 8 de fevereiro também em prol da reivindicações da PL 2564/2020 que reza sobre o Piso Nacional da Enfermagem.

Ainda na manhã desta terça-feira, o Sintasa já divulgou em alguns órgãos competentes e até sexta-feira enviará em todos o aviso sobre esta paralisação. No documento, o Sintasa também solicita uma audiência com o Estado para discutir e resolver as pendências destes trabalhadores.

Reivindicações
Só para se ter uma ideia, neste 10 anos sem reajuste salarial, a perda para o trabalhador foi de já 60% por conta da inflação.

Em relação à Revisão do Plano de Cargo, Carreira e Vencimento (PCCV) e do Plano de Emprego e Remuneração (PER), os profissionais da saúde estão neste tempo de pandemia à frente dessa batalha invisível contra o vírus da Covid, mas acabam não tendo os direitos destes planos sendo cumpridos, desmotivando a categoria.

“Hoje, um auxiliar ou técnico de enfermagem da FHS não recebem nem um salário mínimo (R$ 1.212,00) porque o salário-base é de R$ 1.045,00. Isso é uma vergonha! É inadmissível! Já tentamos de várias maneiras uma negociação com a gestão, com a própria fundação, com a secretaria e até o momento nada. Os trabalhadores não aguentam mais este cenário, daí a deliberação desta paralisação”, afirmou Augusto.