Após 11 dias de greve, gestão de Maruim continua sem prazo de pagamento

A direção do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) juntamente com uma comissão de trabalhadores de Maruim se reuniu, nesta terça-feira, 21, com a secretária municipal de saúde, Marilene Dória, para saber sobre quando a categoria receberá o salário atrasado de agosto deste ano e de dezembro de 2020. A resposta da secretária, após consultar o secretário municipal da Fazenda, foi que ainda não tem prazo para o pagamento.

“É lamentável o que está acontecendo em Maruim. Mas não iremos desistir. A greve continua forte. A cada dia o movimento grevista está crescendo. Estamos respeitando o quantitativo mínimo de profissionais em atividade. Os serviços estão funcionando com mais de 50% do pessoal. Os trabalhadores estão fazendo a parte deles. Este movimento como todos percebem é pacífico e não poderia ser diferente porque agimos tudo dentro da lei”, disse Augusto Couto, presidente do Sintasa, que esteve presente com a diretora Maria de Lourdes e o gerente-administrativo, Janderson Alves.

Após a reunião com a secretária, houve um encontro com os trabalhadores e ficou deliberado que nesta quarta-feira, 22, haverá uma assembleia virtual com todos e na quinta-feira, 23, às 7 horas, haverá um ato público, na frente da Prefeitura Municipal de Maruim.

Não bastassem os atrasos salariais, alguns servidores denunciaram que estão sofrendo perseguição por participar do movimento grevista. “Infelizmente, temos recebido informações que está havendo perseguições de trabalhadores, mas a secretária disse que não trabalha com este tipo de situação de perseguição. Mesmo assim, já adiantamos que se chegar outro caso de perseguição, o sindicato irá reunir todos os documentos e provas para que medidas judiciais sejam tomadas”, afirmou Augusto Couto.

Greve
Desde o dia 11 de setembro, os trabalhadores da saúde de Maruim, representados pelo Sintasa, estão em greve por conta do não cumprimento do acordo feito com o prefeito municipal, Gilberto Maynard, no dia 10 de agosto deste ano, na Câmara Municipal de Vereadores. Na ocasião, o prefeito assinou um documento garantindo que pagaria o salário do mês subsequente até o dia 10 de cada mês e o salário atrasado de dezembro de 2020 até o dia 10 de setembro. Nenhum dos dois pontos foi cumprido, o que acarretou o retorno da greve que havia sido suspensa no dia 10 de agosto, justamente quando foi assinado o acordo.