Com apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), os trabalhadores da saúde de Maruim deliberaram uma contraproposta para a gestão do município concernente ao salário atrasado de dezembro de 2020. A decisão ocorreu durante assembleia extraordinária ocorrida nesta sexta-feira, 5, no 11º dia de greve da categoria.
A iniciativa deu-se após a caminhada no início da manhã na entrada da cidade até a porta da prefeitura municipal, onde ocorreu um ato de repúdio em relação ao tratamento que os profissionais da saúde vêm recebendo da gestão municipal. Após o ato, ocorreu a assembleia da categoria na qual foi deliberada a contraproposta, que depois foi formalizada pelo Sintasa e protocolada tanto na prefeitura como na Câmara Municipal de Vereadores.
“Esperamos que o prefeito atenda esta contraproposta da categoria e que os vereadores possam nos apoiar nesta causa tão nobre. São estes trabalhadores que estão cuidando todos os dias da população nesta pandemia que tem arrasado tantas vidas. Nada mais justo do que eles receberem seus direitos. Quando o salário atrasado for pago a greve acaba, mas até lá continua firme”, disse Augusto Couto, presidente do Sintasa, que esteve presente junto com os diretores Adaílton dos Santos e Maria de Lourdes, além do gerente Janderson Alves.
Contraproposta
No ofício enviado para os órgãos competentes, constam quatro pontos. O primeiro é o prazo de até 30 dias para que o salário de dezembro seja pago, condicionado que se houver o desbloqueio, antes deste prazo, dos recursos oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) seja creditado na conta dos trabalhadores no prazo de 24 horas.
O segundo ponto é referente aos salários dos meses subsequentes do corrente ano. Haverá a espera até o dia 10 de cada mês, não sendo creditado, a partir do dia 11, haverá greve por tempo indeterminado ou até que o pagamento seja creditado.
Outro item da contraproposta é que a gestão se comprometa com a criação de um auxílio-alimentação de R$ 400,00, a partir de janeiro de 2022, para todos os trabalhadores da saúde que atuam 12 horas ou mais no município, visto que nenhum trabalhador tem direito a alimentação e nenhuma ajuda para este fim.
De resto, a categoria espera que a gestão se comprometa em discutir e aprovar em consenso entre as partes e a Câmara Municipal o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) e que seja implementado efetivamente em junho de 2022.