Trabalhadores da FHS realizam terceira paralisação e assembleia debaterá indicativo de greve

Os servidores celetistas da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), representados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), começaram nesta terça-feira, 15, mais uma rodada de paralisação, desta vez, de 72 horas. O dia foi marcado ainda com um ato público pela manhã, na frente do Hospital Regional José Franco Sobrinho, em Nossa Senhora do Socorro.

A categoria levanta a bandeira de melhores condições de trabalho, reajuste salarial, tíquete-alimentação, conclusão do Acordo Coletivo do Trabalho e 30 horas semanais, entre outros pontos.

Após o ato, ficou agendado a quarta paralisação, que será de 24 horas, na próxima terça-feira, 22, com ato público das 8h às 10h, na frente da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Após, o ato haverá uma Assembleia Geral Extraordinária para se debater sobre o indicativo de greve.

“Já realizamos três paralisações e, mesmo assim, percebemos que o Governo do Estado continua insensível com os profissionais da saúde que tanto tem lutado nesta pandemia e que já vinham sofrendo há 10 anos sem reajuste salarial. Depois de tanta tentativa de chamar atenção dos gestores, o que percebemos é que cresce o sentimento entre os trabalhadores de partirmos para a medida mais extrema que é a deflagração da greve, mas o indicativo de greve será debatido em assembleia”, explica Augusto Couto, presidente do Sintasa.

No dia 1º de junho, houve a primeira paralisação (24h) com ato na frente da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). E no dia 8, ocorreu a segunda paralisação (24h), só que na frente do Palácio do Governo. E nesta terça foi dado um passo mais intenso com a parada de 72h.

“Nestes dias de paralisação, a direção do Sintasa irá visitar unidades de saúde para prestar mais esclarecimentos à categoria e incentivar a participação de mais profissionais porque o sindicato não se faz somente de diretoria, mas da participação de toda base”, declara Augusto, acrescentando que ofícios na SES e FHS já foram protocolados informando sobre as ações do sindicato.

Reivindicações
A categoria cobra tíquete-alimentação para todos os trabalhadores representados pelo Sintasa de R$ 300,00, a partir de 1º de agosto; R$ 450,00, a partir de 1º de novembro; e R$ 600,00, a partir de 1º de janeiro de 2022.

Os empregados da FHS querem 30 horas semanais e que, independente do Congresso Nacional e Senado, a partir de 1º de novembro, se inicie a implantação desta nova carga horária de trabalho com aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa de Sergipe.

Em relação à revisão do Plano de Emprego e Remuneração (PER) e PCCV, querem que (SES) e FHS criem a comissão entre sindicato e gestão para fazer a revisão de imediato a fim de que seja implementada efetivamente no contracheque do trabalhador a partir de 1º de agosto. Neste período, seria criada a comissão como também haveria a avaliação de cada trabalhador para que seja feita realmente a efetivada implementação do PER e do PCCV no contracheque dos empregados.