Com apoio do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), os funcionários da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), representados pelo sindicato, promoveram a partir das 7 horas desta terça-feira, 8, uma paralisação de 24 horas e um ato público, das 8h às 10h, na frente do Palácio do Governo. Entre as principais reivindicações da categoria, constam reajuste salarial defasado há 10 anos, tíquete-alimentação, finalização do Acordo Coletivo do Trabalho e 30 horas semanais.
Depois do ato, os funcionários da FHS deliberaram em assembleia que na próxima terça feira, 15, haverá outra paralisação, só que agora de 72h, com ato público das 7h às 9h, na frente do Hospital Regional José Franco, em Nossa Senhora do Socorro.
“Vamos fazer desta vez no Hospital em N. Sra. do Socorro, como forma de repúdio à gestão daquele hospital, que hoje ameaçou em dar falta aqueles que participassem do ato do Sintasa. Não admitimos atitudes como esta”, afirmou Augusto Couto, presidente do Sintasa, acrescentando que durante o período de 72h o sindicato irá visitar as unidades de saúde para orientar a categoria e tirar todas as dúvidas.
Sobre a paralisação desta terça-feira, o líder sindical comenta que todos os trabalhadores estão indignados pelo momento que vem passando, sobretudo, num período de pandemia, quando o desgaste e perigo têm sido maiores, mas mesmo assim não se sentem valorizados pelo Governo do Estado.
“Estes profissionais são verdadeiros guerreiros, heróis de cada dia. E nada mais justo do que eles serem valorizados com o reajuste salarial, visto que mesmo com a inflação nestes 10 anos, eles não conseguem a recomposição salarial. É lamentável este cenário”, explica Augusto.
Reivindicações
A categoria cobra tíquete-alimentação para todos os trabalhadores representados pelo Sintasa de R$ 300,00, a partir de 1º de agosto; R$ 450,00, a partir de 1º de novembro; e R$ 600,00, a partir de 1º de janeiro de 2022.
Sobre as 30 horas semanais, os empregados da FHS querem que, independente do Congresso Nacional e Senado, a partir de 1º de novembro, se inicie a implantação desta nova carga horária de trabalho com aprovação de projeto de lei na Assembleia Legislativa de Sergipe.
No tocante à revisão do Plano de Emprego e Remuneração (PER) e PCCV, querem que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e FHS criem a comissão entre sindicato e gestão para fazer a revisão de imediato a fim de que seja implementada efetivamente no contracheque do trabalhador a partir de 1º de agosto. Neste período, seria criada a comissão como também haveria a avaliação de cada trabalhador para que seja feita realmente a efetivada implementação do PER e do PCCV no contracheque dos empregados.
“O que a gente pede ao governador é que olhe para nossa categoria, com olhar especial. O que nós queremos não é muito. O que a gente quer é o que as outras fundações (Parreiras Horta e Funesa) conseguiram, através da luta do Sintasa”, esclarece o líder sindical.
Augusto Couto lamenta que depois de mais de um ano de mesa de negociação, iniciada antes da pandemia, até agora não conseguiu nenhum avanço significativo. E, para piorar, a gestão ainda pediu um prazo de análise para o segundo semestre. “Desse jeito não dá. Por isso, precisamos continuar com estas paralisações e atos públicos”, desabafa.