A direção do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa) realizou uma visita, nesta quinta-feira, 18, no Hospital Nossa Senhora Boa Hora, em Maruim, e constatou que a gestão não pagou os salários de dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, além de outros direitos dos servidores como de férias atrasadas, adicional de insalubridade e concessões de empréstimos consignados sem o repasse do valor descontado.
“Só para se ter uma ideia, os contratos e cargos em comissão da saúde receberam o salário de fevereiro, menos os concursados. É um direitos deles terem recebidos, mas é um dever a gestão também pagar aos efetivos”, disse o presidente do Sintasa, Augusto Couto, que esteve presente com o gerente do sindicato, Janderson Alves, e a assessoria jurídica.
Contatou-se ainda falta de equipamentos de proteção individual ou não adequados, e somente duas máscaras para profissionais que fazem plantão por 12 horas.
“Eles são guerreiros porque estão nesta situação de enfrentar a pandemia há um ano e só recebem 20% de insalubridade. Estamos em campanha em todo o estado reivindicando que todos que estão, pelo menos, na linha de frente contra a covid-19 deveriam receber grau máximo de insalubridade que é de 40%”, afirma Augusto.
Nesta quinta-feira, o Sintasa encaminhou outro ofício a prefeita interina, Edileuza de Chile, solicitando uma reunião porque até o momento o sindicato não foi recebido pela gestão. Caso a prefeita não pague os salários atrasados até a próxima semana será marcada uma assembleia virtual mirando mobilizações ou até mesmo greve.
“Não queremos isto por conta da pandemia, é ruim, mas também é ruim trabalhar e não receber no final do mês. Imagine quem tem que pagar aluguel, conta de energia e água? Só quem sabe como é difícil é quem está passando isso na pele”, completa Augusto Couto.