Servidores da saúde da FHS fazem paralisação de 24h e miram outra de 72h

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Com o apoio da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), os servidores da saúde representados pelo Sintasa e ligados à Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) cruzaram os braços por 24 horas e realizaram um ato público pela manhã na frente do Palácio dos Despachos, nesta quinta-feira, 14. Os trabalhadores do interior que não puderam se deslocar para capital pararam nas suas próprias unidades de saúde.

Os protestos foram contra o descaso que o Governo do Estado vem mantendo com os servidores da saúde ao longo de seis anos sem reajuste salarial, sem aplicar o Plano de Emprego e Remuneração (PER) e a falta de avanço financeiro no Acordo Coletivo do Trabalho.

Após o ato, em assembleia, novas reivindicações foram deliberadas pela categoria como inclusão de tíquetes-alimentação na proposta do Acordo Coletivo, remanejamento da jornada de trabalho para 30 horas e melhores condições no dia a dia do trabalho.

Nova proposta
O Sintasa irá apresentar nova proposta da categoria à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e vai esperar a resposta até o final de dezembro, se não houver nenhuma contraproposta, entre os dias 13 a 15 de janeiro, o sindicato irá mobilizar os trabalhadores novamente e paralisar as atividades por 72h em todas as regionais, inclusive na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), este último será o local do ato público que poderá ocorrer no dia 13, das 7h às 12h.

Na quarta-feira, 13, o presidente do Sintasa, Augusto Couto, debateu na mesa de negociação da SES e espera por novos avanços. “A conversa foi muito boa, o Governo deu sinais que tem interesse em negociar nos pontos que envolvem dinheiro, mas disse que precisa do aval da Secretaria da Fazenda e da Secretaria de Planejamento. As propostas foram feitas para que possam ser viáveis para todo mundo”, disse Augusto.

Sobre a questão das 30 horas e auxílio do tíquete-alimentação, o líder sindical disse que o Governo sinaliza que ocorram estudos para saber o impacto financeiro e de quantos servidores seriam beneficiados. “Esperamos que o Governo nos atenda e entre em contato o mais rápido possível com o Sintasa”, declara Augusto Couto, que participou do ato juntamente com os diretores Adailton dos Santos, Maria Lourdes e Maria Edite, além do gerente do Sintasa, Janderson Alves.

O diretor Adailton dos Santos fez uma análise da atual gestão da Fundação Hospitalar. “A FHS está sem autonomia para gerenciar, contratar e para fechar as contas. Estamos dependendo muito do interesse do Governo”, explica e apontando a disparidade de gestão em relação à outras fundações e cumprimentos dos acordos. “Um exemplo é a Funesa, que é bem administrada, e já contamos com o terceiro acordo coletivo”, conclui.


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