Assembleia entrega prêmio a Augusto Couto e outras personalidades negras

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O presidente do Sintasa, Augusto Couto, recebeu o Prêmio Abdias Nascimento, concedido pela Assembleia Legislativa a pessoas que têm papel importante na valorização do negro na sociedade. A honraria, criada a partir de iniciativa da deputada estadual Conceição Vieira, foi entregue à outras 49 personalidades no plenário do parlamento em solenidade que contou com a participação de várias autoridades, como o vice-prefeito da capital e secretário de Saúde do Município, Silvio Santos, e o presidente da Câmara Municipal de Aracaju, vereador Emanuel Nascimento, e o presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade.

Para Augusto Couto, é uma honra receber um prêmio como este, juntamente com outras personalidades. “Quero agradecer a deputada Conceição Vieira e dizer que continuamos com a luta para uma melhor condição de vida para os quilombolas, sobretudo, do povoado Mucambo. Semana passada, estive em Brasilía participando de um Congresso e lá pude denunciar as condições precárias que aquele povo vive por não contar com atendimento no posto de Saúde”, diz o presidente do Sintasa.

A sessão especial, que começou com a apresentação do coral da Alese, foi aberta pela primeira secretária da Mesa Diretora, Conceição Vieira, que agradeceu a presença do público que lotou o parlamento na manhã de homenagens aos negros, em especial a Abdias Nascimento . “Fico feliz em ver a diversidade deste público, estão aqui trazendo sua contribuição e apoio”.

Avanços
Conceição Vieira disse que surgiram muitos avanços na luta dos afrodescendentes, mas muito ainda falta muitos espaços a serem ocupados. “Pois muitos ainda são vítimas de preconceito, e são obrigados a prova durante vinte e quatro horas que são capazes. A sociedade ainda enxerga a cor. Mas vivemos um momento histórico”, comentou. A deputada disse que as mulheres negras muitas vezes se contentavam em ser chamadas de ‘gostosas’, “mas não é só isso que queremos, queremos ser reconhecidas por nossos valores”.

“Muitos estão ainda na cadeia, fora das estatísticas por serem negros. O que nos falta é oportunidade de ter casa, emprego, saúde. Nós temos cento e quarenta anos de liberdade, mas saímos com uma carta de liberdade mas sem casa, sem emprego, sem dignidade”, discursou Conceição, destacando, entretanto, avanços significativos que vieram com políticas públicas voltadas para a classe negra. “Esse governo trouxe as cotas, nos deu um ministério, é um momento novo, estamos tendo oportunidades maiores”, lembrou.

A deputada disse que tornou-se ‘chic’ ser afrodescendente, mas espera mesmo é que surjam novos conceitos de cidadania, como a ausência de intolerância. Para Conceição, a humanidade que nasceu na África, conforme mostram pesquisas que detalharam o DNA humano, precisa ser de todos e para todos.

“Estamos homenageando representantes das matizes das religiões afro, líderes do movimento negro e outros que se dedicaram às causas do movimento. Essa homenagem é simples e fui buscar num negro de São Paulo os motivos para este prêmio”, afirmou Conceição, ao destacar a importância de Abdias Nascimento para os povos negros do país. “É um estadista, influenciou o surgimento de movimentos negro e entidades de grande importância como a Fundação Palmares. Com a influência dele estamos construindo uma sociedade melhor, inclusiva”. A deputada encerrou seu discurso dizendo que era preciso suportar o batido dos tambores nas casas de santos. “Temos que evitar esse olhar preconceituoso e respeitar a diversidade”.

Abdias Nascimento
Abdias Nascimento é Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova Iorque e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Brasília, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal da Bahia, Universidade do Estado da Bahia e Universidade Obafemi Awolowo, em Ilé Ifé, Nigéria. Nascido em Franca, SP, em 1914, atuou no movimento social afro-brasileiro desde a década de 1920, quando protestou contra a exclusão de negros da Guarda Municipal de São Paulo. Participou da Frente Negra Brasileira nos anos 1930, e ajudou a organizar o Congresso Afro-Campineiro em 1938. Faleceu em maio deste ano.

Com informações da Agência Alese


 

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