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Após visitar o Hospital Regional João Alves Filho, de Nossa Senhora da Glória, no sertão sergipano, a diretoria do Sintasa constatou que o local tem em péssimas condições de trabalho, prejudicando muito o atendimento aos usuários. O sindicato ouviu, nessa terça-feira (11), as reclamações dos servidores que denunciaram uma série de situações, como falta de medicamentos e material, falta de segurança, estrutura física do prédio precária, alimentação de má qualidade, carência de profissionais de saúde e excesso de trabalho. O atraso da reforma do prédio também foi percebido, uma vez que se arrasta há mais de dois anos.
O presidente do Sintasa, Augusto Couto, alerta que no ano passado o sindicato esteve presente no hospital, e na ocasião, foi passado ao sindicato a garantia de que a gestão iria resolver toda a estrutura do local, mas hoje percebe-se que cenário é muito pior do que há um ano. “A população está sofrendo. O pior de tudo é a falta de material de insumo. Hoje chegaram seringas e soro fisiológico, mas não o suficiente. Não se sabe se dará para o plantão. Essa é uma demanda que, segundo os gestores das fundações, a fundação veio para melhorar o atendimento e para facilitar a compra de material, mas que na prática não está acontecendo”, diz o presidente.
A lista da falta de remédios e material de trabalho é grande, como carência de “Scalp” (acessório que reduz o risco de acidentes em coleta de sangue), soro glicosado, soro fisiológico, álcool, luvas, esparadrapo, máscara, dipirona, dexametasona, plasil e diclofenaco.
No turno da noite, a insatisfação também é pelo fato de que, segundo os servidores, só existem dois profissionais para cada setor, quando a quantidade deveria ser maior. Faltam ainda profissionais para o manuseio de equipamentos como de oxigênio e ar-comprimido.
Há também reclamação que o Estar, área de descanso dos funcionários, está precária por conta de camas quebradas e colchões velhos. Há número insuficiente de leitos também para todos os servidores. Além disso, um dos banheiros dos funcionários corre risco de um ar-condicionado cair em cima de alguém.
Estrutura precária
Outro ponto que chama bastante atenção é estrutura precária do prédio. No setor de obstetrícia, por exemplo, as gestantes dividem espaço com paredes e tetos danificados, úmidos e com visíveis presenças de limos. Não há climatização no ambiente. O local onde é dado banho no bebê é uma pia com chuveiro improvisado, cuja temperatura da água não é constante. Servidores reclamam que muitas vezes a temperatura está maior do que deveria o que poderá trazer danos para o bebê. As mães, por sua vez, não contam com água morna no banho. Há muitos causos que elas precisam fazer suas limpezas com água gelada, mesmo numa temperatura fria.
Destaca-se ainda o corredor sem iluminação que liga recepção aos laboratórios. No caminho, veem-se besouros, fiação exposta e crescimento do mato o que pode causar uma série de doenças.
Alimentação
Os servidores reclamam também da alimentação que é fornecida. Não só pela quantidade, qualidade e inflexibilidade. Eles alegam que só é servido pão com ovo, cuscuz com ovo, ou sopa. Há quem compare que a alimentação oferecida aos presidiários, logo ao lado, seja melhor do que aos servido aos trabalhadores do hospital.
Insegurança
Assim como foi percebido no Hospital Regional de Estância, no Governador João Alves Filho, em Nossa Senhora da Glória, há uma grande reclamação da parte dos servidores de que falta segurança para protegê-los. O quadro é mais agravante pelo fato de existir um presídio ao lado do hospital. Diga-se que, na última segunda-feira (10), houve a fuga de um detento, segundo informações dos trabalhadores, causando assim um clima maior de insegurança.
O inusitado é que no site da Secretaria de Estado da Saúde existe um texto apresentando o Hospital de Nossa Senhora da Glória informando que “todo mês o relatório de atendimento aponta pacientes oriundos de mais de 20 cidades, incluindo municípios da Bahia e Alagoas. Os pacientes procuram o hospital não só pela proximidade, mas, sobretudo, pela qualidade dos serviços que são ofertados”. Depois de o sindicato constatar tanta irregularidade, percebe-se que a informação do site é colocada em xeque e acende o sinal amarelo pelo fato do Governo reconhecer a importância do hospital em atender tantas cidades e mesmo assim tratar com descaso a reforma do prédio e condições de trabalho aos profissionais.
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