Sintasa visita regionais e tira as dúvidas dos funcionários das unidades de saúde

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Outro ponto observado é a inversão de escala. Em alguns momentos, o Recurso Humano da fundação considera plantões escalonados, e em outros momentos considera a carga horária semanal. Quando se faz uma escala tem que respeitar as duas coisas, mas não as duas coisas benéficas a um ou a outro em todo o momento. Isso tem ocorrido com muita frequência. Há uma falta de padronização junto a Fundação Hospitalar. Uma coordenadora toma conta de uma forma, na outra instituição toma conta de outra, e cada um vai tomando decisões a bel-prazer das instituições e não a instituição maior que é a fundação.

Regionais
As visitas começaram às 5 horas da manhã, sem aviso, pois a ideia era identificar no próprio local a realidade dos trabalhadores da saúde e os serviços que são prestados à população. No Hospital Regional de Itabaiana, Pedro Garcia Moreno Filho, percebeu-se a falta de luvas, seringa, soro, esparadrapo, escalpe, lençol, lâmina, gel, além de equipamentos quebrados. Outra questão é que a bela fachada do hospital esconde a limitação dos serviços, uma vez que tem estrutura física, mesmo que inacabada, mas que poderia ter uma gama variada de serviços prestados à população.

Hospital Regional de Itabaiana Pedro Garcia Moreno Filho

O lado positivo foi o bom serviço na alimentação, com oferecimento de bolo, pãezinhos, tangerina, café com leite (pela manhã), e à noite alimentação variada como Lasanha. O restante dos hospitais distingue-se completamente desta unidade, como o Regional de Nossa Senhora da Glória, visitada em setembro, que apresentou baixa qualidade, péssima aparência e servidas em utensílios inadequados. Outro agravante é no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) que existe a oferecimento de refeição que alterna entre repolho e ovo, e no outro dia ovo e repolho.

No Hospital Regional de Lagarto, Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro, um dos agravantes foi o desrespeito em relação ao 13º plantão de funcionários que não vem sendo pago. E mais: a folga prêmio e folga aniversário está limitada apenas de segunda à sexta, o que deveria ser ilimitada. Houve reclamação de quantitativo limitado de médicos e também em outras áreas, e problemas na folga prêmio. Sem contar a falta de produtos como fita adesiva (transparente) e Neosaldina.

Hospital Regional de Lagarto Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro

No Hospital Regional de Estância, Dr. Jessé de Andrade Fontes, foi constatado problemas de escala de trabalho, na entrega de atestado no prazo de 48 horas, falta de alimentação para os funcionários quando acontece alguma troca de horário, repetiu-se a reclamação em relação a água salgada dos bebedouros, e problemas no transporte de pacientes. Falta esparadrapo, soro e seringa. E Climatização não é ideal. A questão preocupante é que a instituição hospitalar é um grande ambulatório, sem utilização de quase nada de sua capacidade de resolução. É bom lembrar que este hospital veio substituir o Hospital Amparo de Maria, que ainda funciona como hospital e o Hospital de Estância nunca entrou em total funcionamento.

Hospital Regional de Estância Dr. Jessé de Andrade Fontes

No Hospital Regional de N. Sra. do Socorro, José Franco Sobrinho, há problemas de carga horária, falta luvas e escalpe, e o quadro dos funcionários é insuficiente para atender a demanda. Sem contar em equipamentos inferiores do que o necessário. O acordo coletivo de 2011, não tem sido respeitado e os trabalhados de forma desordenada tem trabalhado o 13º Plantão sem que este venha a ser pago em seus contracheques, esta reclamação foi conversada em Nossa Senhora do Socorro.

Hospital Regional de N. Sra. do Socorro José Franco Sobrinho

Visita significativa
Na avaliação do presidente do Sintasa, Augusto Couto, a visita da diretoria foi positiva porque pôde constatar na própria unidade de saúde os problemas. “A situação que envolve a saúde é extremamente grave. Primeiro, pela falta de material que é constante, desde gases ao simples esparadrapo, além da qualidade diferenciada na alimentação. O Sintasa faz essa avaliação para que o governo tome a responsabilidade em relação à alimentação porque o profissional mal alimentado não produz o que deveria produzir, e o quantitativo de material tem que ser mais injetado para que possa atender bem a população. Tem hospitais que está faltando praticamente quase tudo. Os profissionais estão lá sem saber o que fazer para ajudar a população”, reclama Augusto.

Estrutura física e alimentação
O gerente administrativo do Sintasa, Janderson Alves, alerta para que o Governo use as estruturas físicas que tem em todas as regionais e sobre a qualidade na alimentação. “Nestas visitas, as regionais de Itabaiana, Lagarto, Estância e Nossa Senhora do Socorro vimos que a estrutura está boa, mas o governo não usa completamente. Outro fato curioso é que na Regional de Itabaiana a alimentação é boa e em outras unidades não é. Acredito que se dá para fazer bem feito em uma, dá para fazer nas outras também. Como é que em Itabaiana tem comida boa e no HUSE não é da mesma qualidade, se é gerida pela mesma fundação? No HUSE, os funcionários têm que escolher entre repolho e ovo, ou ovo e repolho”, salienta o gerente.

O diretor do Sintasa, João Watson, chama atenção ao trabalho que o sindicato vem realizando no interior do estado, com visitas constantes. “A evolução vem sendo construída na ansiedade do trabalhador em ter o sindicato ao seu lado e reivindicar os seus direitos. Já começa do Acordo Coletivo que não foi cumprido em todos os pontos acordados. Já estamos no final de 2012 e aguardamos o Plano de Empregos e Remunerações (PER) e o PCCV (Plano de Cargo, Carreiras e Vencimentos), e já vai vir o novo Acordo Coletivo”, reclama, acrescentando que nas visitas foi divulgada a paralisação da categoria que aconteceu no dia 6, na frente do HUSE. “Nós somos a voz do que acontece no setor do trabalho, no hospital e na maternidade. Estamos nos prontificando a mostrar para o governo e a população de Sergipe o que vem acontecendo com o descaso da Saúde no nosso estado”.


 

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