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Criado na década de 20, o prédio do Instituto Parreiras Horta sofre hoje com a precariedade de partes da sua estrutura. Essa foi a constatação da diretoria do Sintasa após uma visita aos funcionários da instituição para divulgar a mobilização da categoria que acontece no dia 4 de março, às 15 horas, na sede do sindicato. Os servidores querem uma reforma urgente no local para valorizar o patrimônio histórico e cultural do Parreiras Horta.
Logo na faixada do prédio dá para perceber o descaso com a estrutura do prédio, visto que partes do reboco está caindo. A grade de ferro de algumas entradas está danificada. Tem portas que estão fechadas de cadeados e não dão acesso mais ao prédio. Dentro, o auditório já foi abandonado há alguns anos, segundo os funcionários. Há cupins em abundância nas paredes e é preciso um serviço de dedetização. Há uma parte tão perigosa que existe uma faixa da Coordenadora especial da Defesa Civil com o dizer: interditado.
A parte da administração já foi removida para outro local. E, pelo visto, de acordo com os servidores, a tendência é que eles também possam ser removidos. Só que não querem. “Há instituição está se acabando, mas ninguém está tomando nenhuma providência, basta caminhar pela instituição para conferir tudo”, reclama uma servidora que optou por se manter anônima. “Queremos a reforma do prédio para permanecermos aqui. E também voltar o trabalho de pesquisa que fazíamos, como de vacina e soro antiofídico. Hoje, nem análises clínicas faz mais”, completa, acrescentando que não é um problema desse governo, mas também de outros que vieram se arrastando até agora.
Outro erro encontrado foi o fato de equipamentos antigos que poderiam servir para um futuro museu foi doado para instituições, segundo os servidores. “Era um vasto material que marcava a história da instituição”, lamenta um servidor.
Museu da saúde?
O inusitado é o governo já havia assinalado há alguns anos que mudaria o instituto. No dia 9 de julho de 2009, a própria agência de notícias do governo publicou, durante as comemorações dos 40 anos do Batistão, que o Parreiras Horta daria lugar a um museu da saúde. “Será um museu da saúde pública com a história da medicina em Sergipe e da política pública de saúde. Além disso, também abrigaria um centro de convenções com prioridade para saúde, com 300 lugares”, relatou, na época, o governador Marcelo Déda, acrescentando que na obra seriam investidos R$ 6,5 milhões.
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