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Servidores representados por oito sindicatos da Saúde irão fazer uma paralisação de 24 horas na próxima terça-feira (4) por conta do anúncio do governo do Estado de que irá fazer o pagamento atrasado e fracionado aos servidores estadual. A decisão dos trabalhadores foi tomada na manhã desta quinta-feira (30) durante a reunião de uma comissão de sindicatos, realizada na sede do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese).
No dia da paralisação, haverá uma assembleia com a comissão dos sindicatos da Saúde, às 7 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), para definir se a paralisação será ou não estendida até o dia do pagamento final de todos os servidores do Estado, que segundo a nota emitida pelo governo, seria até o dia 11 de novembro.
Na avaliação do presidente do Sintasa, Augusto Couto, a medida da paralisação serve para pressionar o governo do Estado para que esse erro não ocorra nos próximos meses. “O governo deveria ter uma posição mais coerente, fazendo um empréstimo ao Banese e se responsabilizando com o pagamento dos juros, e não o contrário, já que agora serão os servidores que terão que pagar juros ou das contas em atraso ou de algum empréstimo para quitar as dívidas”, disse Couto, que comanda uma categoria estimada em 6 mil trabalhadores na Rede Estadual, e que participoi da reunião com o dirigente do Sintasa, Marcos Antônio.
Outros sindicatos
O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), João Augusto Alves, bate na mesma tecla de Augusto Couto. “É preciso darmos uma resposta ao governador. Se o trabalhador receber uma nota dessa de atraso formal do salário e ficar quieto, o governador poderá não se preocupar nas folhas seguintes”, disse o presidente, informando que em torno de 700 médicos serão afetados. “Se isso voltar a acontecer, já iremos deliberar automaticamente que os serviços fiquem parados até a regularização”.
“Marcamos esta reunião ontem à noite (29), assim que soubemos sobre o atraso no pagamento dos servidores. O que nos tomou de sobressalto foi a forma que o governo fez a notificação, inclusive, de forma pejorativa, para que o servidor dê ‘seu jeitinho’ para pagar as contas até o pagamento do salário. Não é assim que deve ser a postura do governo para com os trabalhadores”, reclama Shirley Morales, presidente do Seese, categoria que será afetada com mais de 500 enfermeiros.
Além do Sintasa, Seese e Sindimed, fizeram parte da reunião representantes do Sindicato dos Cirurgiões Dentistas de Sergipe (Sinodonto), Sindicato dos Psicólogos de Sergipe (Sinpsi), Sindicato dos Trabalhadores Fisioterapeutas de Aracaju (Sintrafa), Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe (Sindasse) e do Sindicato de Nutricionistas e Técnicos em Nutrição do Estado de Sergipe (Sindinutrise).
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